Passeios privados por Praga
COMUNISMO NA
TCHECOSLOVÁQUIA
Em 1948, a
Tchecoslováquia, na época o último país democrático na Europa
Oriental, se tornou um país comunista, começando assim mais de 40
anos de regime totalitário. Sob o comunismo os trabalhadores eram
adorados como heróis e utilizados para a propaganda do regime. A
ideologia comunista permeava a vida dos cidadãos e dominava todos os
aspectos da sociedade.As decisões políticas da Tchecoslováquia
eram ditadas pela União Soviética. Aqueles que não estava em
conformidade com o socialismo não só foram interrogados,
intimidados e colocar sob vigilância, mas também foram alvos de
ataques domésticos.
O Golpe de Estado
comunista de 1948
Após a Segunda
Guerra Mundial, a Tchecoslováquia via com bons olhos os russos, que
os tinham libertado. Em 1946, os comunistas estavam bem representados
no governo da Tchecoslováquia. Em 1947, no entanto, a
Tchecoslováquia queria obter ajuda do Plano Marshall dos EUA, mas
não foi possível devido à intervenção da URSS. Os 12 ministros
não-comunistas renunciaram, prevendo que o presidente democrático
Edvard Benes fosse capaz de formar um novo governo que excluia do
Partido Comunista. Violentas manifestações lideradas pelos
comunistas irromperam. O Exército era a única força capaz de parar
os comunistas, mas estavam sob as ordens do general comunista Ludvik
Svoboda. O Presidente Benes temia que os soviéticos interviessem ou
que começasse uma guerra civil, de modo que ele não tentou
convencer os não-comunistas a tomar medidas. Benes assinou um novo
governo totalitário.
Edvard Benes |
General Ludvik Svoboda |
A década de 1950
– Os estalinistas e os julgamentos mediáticos
No início de 1950,
houve um período de pesadelo brutal: o presidente soviético Joseph
Stalin ordenou aos comunistas da Tchecoslováquia que realizassem
purgas, e a nação realizou os maiores julgamentos mediáticos na
Europa Oriental. Ao longo de um período de seis anos, desde 1949 até
1954, as vítimas incluiram líderes militares, católicos, judeus,
políticos democráticos que tiveram ligações com o Ocidente em
tempo de guerra, bem como comunistas de alto escalão. Quase 180
pessoas foram executadas. Não houve um julgamento justo uma vez que
os juízes colaboravam com quem dirigia o país.
1968 e a
Primavera de Praga
O
primeiro-secretário do Partido Comunista Alexander Dubcek queria que
a Tchecoslováquia empreendesse o seu próprio caminho, mantendo um
governo socialista. O país experimentou reformas liberais que
permitiu que os escritores pedissem a reabilitação das vítimas das
purgas dos anos 1950, essas reformas eliminaram também os controles
do Partido Comunista sobre a ação de organizações sociais e
políticas. O Programa de Acção de 5 de abril descreve o que ficou
conhecido como o 'socialismo com face humana'. Ele exigiu a plena
igualdade nas relações económicas entre Tchecoslováquia e URSS, e
exortou os soviéticos a retirarem seus assessores para fora do país.
Dubcek e seus seguidores queriam eleições reais dos funcionários
do partido por voto secreto. As minorias nacionais foram
representadas nas instituições, e as greves foram legalizadas. A
censura foi abolida em 26 de junho de 1968.
A invasão
soviética
A URSS estava
insatisfeita com as reformas que Dubcek aplicava na Tchecoslováquia.
As negociações entre a União Soviética e Tchecoslováquia
falharam. Na noite de 20 de agosto para 21, em 1968, 500 mil soldados
dos países do Pacto de Varsóvia, incluindo União Soviética,
Polônia, Alemanha Oriental, Hungria e Bulgária, entraram no
território do seu aliado indefeso, esmagando com tanques as reformas
liberais da Primavera de Praga, na maior operação militar na Europa
desde a Segunda Guerra Mundial.
Jan Palach
Vendo como as
rígidas políticas comunistas (de normalização) estavam tomando
cada vez mais espaço, o jovem estudante da Universidade de Carlos,
de 20 anos, Jan Palach, se sentia insatisfeito com a atitude
resignada dos cidadãos em relação a essas políticas. Em 16 de
janeiro de 1969, às 16:00, Palach se pôs em chamas na Praça
Venceslau de Praga para protestar contra a falta de liberdade e
passividade dos cidadãos. Com 85 por cento de seu corpo coberto de
queimaduras de terceiro grau, morreu três dias depois.
Semana de Jan
Palach em 1989
No 20º aniversário
do sacrifício de Palach, durante a chamada semana de Jan Palach, que
durou de 15 janeiro a 22 janeiro de 1989, houve muitas manifestações
contra o regime totalitário. Os manifestantes foram agredidos pela
polícia, que também usou canhões de água para os manter
afastados. Em 15 de janeiro, 1989, um cidadão chamado Vaclav Havel
foi detido na estátua de São Venceslau e enviado para a prisão.
Revolução de
Veludo
Estudantes tchecos e
eslovacos estavam honrando os estudantes mortos durante a ocupação
nazista em 17 de novembro, Dia Internacional dos Estudantes, com uma
marcha através de Praga, em uma manifestação pacífica. Quando
chegaram à Avenida Nacional, a polícia carregou sobre os alunos.
Esta brutalidade policial desencadeou o que hoje é chamado de
Revolução de Veludo - no período de 17 novembro a 29 dezembro,
durante a qual os dissidentes e estudantes protestaram contra o
regime comunista. Os teatros entraram em greve, e de 19 de novembro
até finais de dezembro tiveram lugar diversas manifestações em
Praga e outras cidades. O dramaturgo dissidente Vaclav Havel
organizou o Fórum Cívico, que desafiou abertamente o sistema
político da Tchecoslováquia e exigiu que todos os presos políticos
no país fossem libertados. Em 10 de dezembro, jurou o primeiro
governo em grande parte não-comunista desde 1948. Dubcek foi nomeado
presidente do parlamento federal em 28 de dezembro, e Havel foi
eleito presidente do país em 29 de dezembro.
Vaclav Havel com Alexander Dubcek |
Visite o Museu do Comunismo:
http://www.muzeumkomunismu.cz/en/
Visite Praga com o nosso guia privado:www.visita-praga.eu
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